Terça-feira da 34ª semana do Tempo Comum

Evangelho do dia

Evangelho segundo São Lucas 21,5-11.

Naquele tempo, comentavam alguns que o Templo estava ornado com belas pedras e piedosas ofertas. Jesus disse-lhes:
«Dias virão em que, de tudo o que estais a ver, não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído».
Eles perguntaram-Lhe: «Mestre, quando sucederá isto? Que sinal haverá de que está para acontecer?».
Jesus respondeu: «Tende cuidado; não vos deixeis enganar, pois muitos virão em meu nome e dirão: "sou eu"; e ainda: "o tempo está próximo". Não os sigais.
Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis: é preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim».
Disse-lhes ainda: «Há de erguer-se povo contra povo e reino contra reino.
Haverá grandes terramotos e, em diversos lugares, fomes e epidemias. Haverá fenómenos espantosos e grandes sinais no céu».
Tradução litúrgica da Bíblia

São Gregório Magno (c. 540-604)

papa, doutor da Igreja

«Moral sobre Job», Livro XI, SC 212

«O justo terá memória eterna»

«A memória da vossa vida será comparada à cinza» (Jb 13,12 Vg). Aqueles cujo pensamento terreno os modela com base no século procuram deixar neste mundo, em cada um dos seus atos, a memória da sua pessoa; quer se trate de títulos de guerra, dos muros altaneiros dos edifícios ou de tratados eloquentes sobre as ciências do século, todos se esforçam incansavelmente por criar um nome que não seja esquecido. Mas a vida corre muito depressa para o seu fim e não pode garantir qualquer estabilidade, uma vez que também ela, na sua mobilidade, se escoa rapidamente. Com efeito, um sopro leva a cinza, como diz a Escritura: «Não assim, não assim com os ímpios, eles são como o pó que o vento sopra da face da Terra» (Sl 1,4 Vg). Podemos, pois, comparar a memória dos insensatos com a cinza, porque eles estão no ponto onde um sopro a leva. Sim, por mais que tentem completar a glória do seu nome, na realidade, apenas fizeram da sua memória cinzas, que o vento deste mundo mortal cedo faz desaparecer. Pelo contrário, diz a Escritura que «o justo terá memória eterna» (Sl 111,6 Vg): pelo facto de as suas ações estarem impressas no olhar de Deus, ele garante a sua memória na eternidade.

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