Segunda-feira da 6ª semana do Tempo Comum
- Santos Fundadores da Ordem dos Servitasséculo XIV
- Beato Lucas Belludireligioso, presbítero, +1285
Santo do dia
Livro do Génesis 4,1-15.25.
Depois, deu à luz Abel, o irmão. Abel era pastor e Caim cultivava a terra.
Passado algum tempo, Caim ofereceu em sacrifício ao Senhor produtos da terra
e Abel ofereceu as primícias e a gordura do seu rebanho. O Senhor olhou benignamente para Abel e para a sua oferenda,
mas não quis olhar para Caim e para a sua oferenda. Caim ficou muito irritado e de rosto abatido.
O Senhor disse a Caim: «Porque estás irritado e de rosto abatido?
Se procederes bem, não poderás ainda levantar a cabeça? Mas se não procederes bem, o pecado está à tua porta. Ele desejará atingir-te, mas tu poderás dominá-lo».
Disse Caim a seu irmão Abel: «Vamos ao campo».
E, quando estavam no campo, Caim lançou-se contra seu irmão Abel e matou-o.
O Senhor disse a Caim: «Onde está o teu irmão Abel?». Caim respondeu: «Não sei. Sou porventura eu o guarda do meu irmão?».
O Senhor disse-lhe: «Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama da terra por Mim.
Agora ficas maldito pela terra, que abriu a boca para receber das tuas mãos o sangue do teu irmão.
Ainda que a cultives, não mais te dará a sua fertilidade. Andarás errante e fugitivo sobre a Terra».
Caim disse ao Senhor: «O meu castigo é tão grande que não poderei suportá-lo.
Se hoje me desterrais daqui, terei de ocultar-me da vossa presença; andarei errante e fugitivo sobre a Terra e o primeiro que me encontre me matará».
O Senhor respondeu-lhe: «Quem matar Caim será vingado sete vezes». O Senhor colocou um sinal sobre Caim, para que ele não fosse morto por quem o encontrasse.
Adão conviveu ainda com a sua esposa e ela deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Set, dizendo: «Deus concedeu-me outro descendente, em lugar de Abel, morto por Caim».
Livro dos Salmos 50(49),1.8.16bc-17.20-21.
e convocou a Terra, do Oriente ao Ocidente.
«Não é pelos sacrifícios que Eu te repreendo:
os teus holocaustos estão sempre na minha presença.
Como falas tanto na minha lei
e trazes na boca a minha aliança,
tu, que detestas os meus ensinamentos
e desprezas as minhas palavras?
Sentas-te a falar contra o teu irmão
e difamas os filhos da tua mãe.
Fizeste isto e Eu calei-me; pensaste que Eu era como tu.
Hei de acusar-te e lançar-te tudo em rosto.
Evangelho segundo São Marcos 8,11-13.
Jesus suspirou do fundo da alma e respondeu-lhes: «Porque pede esta geração um sinal? Em verdade vos digo: não se dará nenhum sinal a esta geração».
Depois deixou-os, voltou a subir para o barco e foi para a outra margem do lago.
«Porque pede esta geração um sinal?»
Admirai as maravilhas de Deus; saí do vosso sono. Admirais apenas os prodígios extraordinários? Mas serão tais prodígios maiores do que os que ocorrem todos os dias diante dos vossos olhos? Surpreendemo-nos com o facto de Nosso Senhor Jesus Cristo ter saciado vários milhares de pessoas com cinco pães (cf Mt 14,19ss), e não nos espanta o facto de umas quantas sementes serem suficientes para cobrir a terra com colheitas abundantes? Enchemo-nos de admiração ao ver o Salvador mudar a água em vinho (cf Jo 2,19); pois não acontece o mesmo quando a chuva passa pelas raízes da videira? O autor destes prodígios é o mesmo. […] O Senhor operou prodígios, e contudo foram muitos os que O desprezaram […], pois diziam: «Estas obras são divinas, mas Ele é apenas um homem». Portanto, vês duas coisas: de um lado, obras divinas, e do outro, um homem. Se estas obras divinas só podem ser feitas por Deus, não estará Deus escondido neste homem? Sim, presta muita atenção ao que vês, e acredita naquilo que não vês. Aquele que te chama a acreditar não te abandonou à tua sorte; pedindo-te para acreditares no que não podes ver, não te deixou sem nada que vejas, para te ajudar a acreditar no que não vês. Parece-te que a criação é fraco sinal, fraca manifestação do Criador? Além disso, ei-lo que vem ao mundo e que faz milagres. Tu não podias ver a Deus, mas podias ver os homens; então, Deus fez-Se homem, para que aquilo que vês e aquilo em que acreditas sejam uma só e mesma coisa.
Santo Agostinho (354-430)
bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja